quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pentecostes!

O amor é missão

A pessoa é salva pelo amor, ele paga o que o nosso pecado abriu de dívida impagável à nossa condição de pecadores. Esta foi a missão que o Senhor nos confiou, levar este amor, que é Cristo ressuscitado, a todos os homens e mulheres. Amá-los com o amor com que somos amados, não há maior missão nem maior concretização da nossa vocação de filhos de Deus em Jesus Cristo. Levar este amor é levar a Páscoa e o Pentecostes, a redenção pela morte e ressurreição de Cristo conferida a cada pessoa no dom do Espírito Santo, que actua na comunidade dos convocados, a Igreja, para a missão.


Símbolo: o Pentecostes

(Só através do espírito do Senhor nos tornamos filhos! O “homem” que antes tinha o rosto de cada um, agora se transforma no rosto do nosso irmão Jesus Cristo, porque todos nós somos chamados à conversão.)



Oração:

Quem sois vós, doce luz, que me preencheis

E iluminais a escuridão do meu coração?

Vós guiais-me com mão materna e deixais-me livre.

Vós sois o espaço que rodeia

O meu ser e o encerra em si.

Se vós o deixares, cairá no abismo do nada,

A partir do qual tu o elevas ao ser.

Vós, mais próximo de mim que eu mesmo,

E mais íntimo que o meu interior,

E contudo inabarcável e incompreensível,

Que fazeis abrir todo o nome:

Espírito Santo, Amor Eterno.

(Edith Stein)

Os Dons Do Espírito Santo

Esta semana em que culminamos o tempo pascal com a celebração do Pentecostes, falamos na catequese sobre a vinda do Espírito Santo nos nossos corações, e abordamos os sete dons do Espírito Santo.

Falamos que Deus dá a cada um de nós um dom, cabe a cada um, no seu caminho, descobrir esse dom. Descobrir o dom é descobrir Deus e descobrir o que Ele quer de nós. Como descobrir esse dom? Aceitando o desafio que Deus faz a cada um de nós: aceitar o seu amor e partilhá-lo com os outros gratuitamente. Viver o amor, leva-nos a descobrir o dom de Deus, e este dom leva-nos a viver mais intensamente o amor. O cristão precisa entender os planos de Deus na sua vida e de estar capacitado para superar o perigo da indiferença e do medo, para o amar. Estes dons deviam empenhar os cristãos na luta por um mundo mais justo e humano e para perseverar na fé e na esperança, entre desafios e dificuldades.

Depois de mencionar os sete dons do Espírito Santo concluiu-se que na convivência com as pessoas percebemos que cada uma possui qualidades, dons próprios, que, postos a render, pode resultar numa riqueza imensa. É o próprio Espírito de Deus que distribui a cada um(a) os seus dons, segundo o seu consentimento: nem todos têm de fazer tudo, mas cada um(a) precisa fazer a sua parte. Depois de reflectirmos sobre tudo isto, foram colocadas duas questões: de que forma eu sinto Deus na minha vida? Qual é o dom mais importante para mim?

«Todos nós na nossa vida vamo-nos apercebendo que existimos por alguma razão. Enquanto somos novos não temos a percepção disso porque ainda somos muito imaturos. À medida que vamos crescendo vamos tomando consciência de que algo nos faz mover, esse “algo” é Deus, é Ele que nos dá o dom da vida e o dom de a sabermos viver.Com a vivência e a caminhada na fé, vamos obtendo os dons, Deus coloca-os à nossa disposição e quanto mais aprofundarmos a nossa fé, mais descobrimos o que Deus quer para nós. Nenhum dos dons é mais importante que os outros, pois eles complementam-se entre si, e todos são importantes»



sábado, 22 de maio de 2010

Ascensão

O amor promove
O amor possibilita que o coração cresça e vá na consecução da sua demanda, a totalidade da pessoa num mesmo sentido, o dom. A maior promoção que recebemos foi a de filhos, a melhor promoção da vida é vivê-la na condição de filhos. Jesus, o Filho, é o dom de Deus, nele o amor promove-nos à condição de filhos salvos. Neste amor recebido podemos relacionar-nos uns com os outros, no amor que nos salvou e nos concede a relação de irmãos, que faz a Igreja sacramental, mediação de salvação.

Símbolo: a ascensão do Senhor



Oração:
Vives eternamente com o Pai.
E o pai, onde mora?
Onde está, Jesus, agora?
Em que estrela se encontra o céu?
O céu não está em nenhum lugar,
É outra maneira de estar,
Outra dimensão de ser,
Outra maneira de amar.
Eu estou no que ama,
Nos que se amam e se deixam amar.
O meu céu são os filhos dos homens
Nos que o Pai pôs a sua morada.
O meu céu são os meninos e os pobres,
Os que acolhem tremendo a minha palavra,
Os que sofrem e choram no silêncio
E não perdem por isso a esperança,
Os que velam e esperam o esposo,
Mantendo acesas belas lâmpadas,
Para abrir a porta quando chama,
E celebrar a ceia enamorada.

Fábulas

No Sábado 15 de Maio 2010, o nosso grupo teve como proposta de catequese ler e reflectir os textos de duas fábulas: uma muito antiga e bem conhecida “ a cigarra e a formiga “ a outra mais recente e menos conhecida o “Frederico” !

A partir da leitura foram colocadas várias questões ao grupo tais como: “ quais as principais características das diversas personagens?”, “ existe crescimento (interior) de alguma das personagens?”, “quais os valores que as duas fábulas defendem?” e “ se verificam semelhanças entre as duas fábulas?”.

Ambas as histórias são semelhantes porque nos falam de duas situações opostas. Enquanto uns trabalham e se empenham em fazer pela vida, outros não se preocupam e passam a vida a cantar e a divertir-se sem se preocuparem com o futuro! Numa primeira abordagem, a conclusão a que se chega é de que, quem não faz nada, é óbvio que logo terá o que merece pois irá arcar com as consequências! Mas ao sermos convidados a uma reflexão mais aprofundada, concluímos que apesar de aparentemente as histórias parecerem idênticas ambas têm uma mensagem diferente!

Ao reflectirmos as histórias com olhar de cristãos, mudamos de opinião! As conclusões a que se foi chegando, é de que devemos ajudar e ser solidários mesmo achando que a pessoa não merece e que todas as pessoas têm direito a uma segunda oportunidade, que devemos perdoar tal como Deus faz connosco! Foi dito também que não devemos julgar as pessoas sem as conhecermos de verdade, porque por vezes não as conhecemos o suficiente para reconhecer as suas capacidades e os seus dons! Sem dúvida que até de histórias que nos parecem banais, podemos retirar lições de vida e reaprender comportamentos! Contudo, devemos agir com prudência e não esperar que os outros façam tudo por nós.




quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aviso!

No próximo sábado, dia 22 de Maio, não temos missa vespertina. Contudo, teremos que ir à celebração da vigília do Pentecostes em Teamonde, porque é uma celebração muito importante para todos nós cristãos e é aqui que culmina o tempo pascal, por isso todos devemos estar presentes!

domingo, 9 de maio de 2010

6º Domingo de Páscoa!

Na companhia do amor
O amor guarda a lembrança daquilo que somos. Precisamos de lar a vida com o amor para que em todas as situações permaneçamos na nossa verdade de filhos, no Filho. Não estamos sozinhos para este belo combate da fé, o Senhor deixou-nos o Paráclito, o Espírito Santo. Ele foi derramando sobre o nosso coração para ensinar que Deus é Pai. Este é o critério da verdade, para amarmos como somos amados.

Símbolo: Cristo e o mundo



Oração
Quanto temos de entender de verdade
Que o noivo da nossa alma é Deus,
Que nos criou para si
E que Ele é muito próprio para nós?
Vosso coração ao seu centro, que é Deus.
Quem não se espantaria de ver uma grande pedra
Colada no ar e sem cair?
E quem não se espanta de ver um coração
Criado para descansar em Deus
Alegre no «ar» e mais que ar?
(São João de Ávila)

Jesus e Pedro

Neste sábado, reflectimos sobre a relação de amizade entre Jesus e Pedro. Pedro, o pescador, um homem humilde e trabalhador, converte-se e aceita o chamamento de Jesus. Apesar das suas fragilidades e medos, o amor vence, e torna-se naquilo que Deus o chama a ser: pescador de homens.

· Jesus conhece Pedro (Lucas 5, 2-11)

“As características de Pedro são: humilde, ao assumir-se pecador; e respeitador, ao seguir as ordens de Jesus.”

Ana Almeida

“A relação entre Pedro e Jesus é de companheirismo. Pedro demonstra que nunca devemos desistir perante as dificuldades”

Carlos

«Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes»

“Escolhi esta frase porque penso que Deus me quer dizer para ter atenção a todos os sinais, todas as palavras, pois estas irão indicar-me o caminho certo para encontrar a felicidade, mas sempre com Deus no centro da minha vida, se não esta nunca irá fazer sentido”

Tatiana

· Pedro reconhece quem é Jesus (Mateus 16, 13-19)

“As características de Simão Pedro são de uma pessoa feliz. A sua relação com Jesus é de amizade.”

Fábio Ferreira

“Eu identifico-me com Pedro porque, tal como ele, eu acredito em Jesus por causa do «Pai» e não, por causa do que as pessoas me dizem.”

Fábio Miguel

«E vós, quem direis que eu sou? (…) Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.»

“Através desta frase coloco a mim mesma as seguintes questões: quem é que eu digo que Ele é? Quem eu penso que é ele? São duas questões complexas mas a resposta é simples, Jesus é como um guia para mim, em nome do Pai. É ele que nos diz o certo e o errado. É Ele que me indica o caminho certo.”

Mariana

· Pedro nega três vezes Jesus (Mateus 26, 69-75)

“O que caracteriza Pedro neste texto é não acreditar em Jesus, não o amar porque foi infiel.”

André

“Às vezes identifico-me com Pedro, porque por vezes nego Deus e depois fico mal porque sei que aquilo não é verdade e eu devia orgulhar-me em dizer que acredito em Deus”

João Carlos

“Existe uma relação de traição/medo/desconfiança para com Jesus, e de amor para com Pedro. (…) Jesus é importante na vida de cada um, mas Pedro na altura não quis ser julgado e por isso O negou.”

Sónia Santos

«Pedro lembrou-se do que Jesus tinha dito: “Antes do galo cantar, negar-me-ás três vezes».

“Através desta frase, percebemos que Pedro toma consciência do erro que tinha cometido lembrando-se das palavras de Jesus e reflectiu chorando o próprio erro.”

Márcia Silva

· Pedro diz a Jesus que o ama (S. João 21, 14-19)

As características principais de Simão Pedro são:

humilde, amoroso com os outros, amigo, verdadeiro e fiel.”

Marta Magalhães

“A relação que se estabelece entre Pedro e Jesus é quase de pai e filho, porque ambos se amam e se respeitam, e também mantém uma amizade muito forte.”

Cristiano

“Identifico-me com Pedro porque tenho a certeza que amo Jesus.”

Rui pinho

«Segue-me»

“Deus quer-me dizer com esta frase que devemos seguir sem nos iludirmos com as tentações da nossa vida.”

Ana Teixeira

Ao longo das quatro leituras colocamos-nos diversas perguntas a nós mesmos. É muito difícil abrirmos o nosso coração como na primeira leitura… De deixarmos Deus falar e ver a verdade que não observável, como na segunda leitura. É fácil querermos lavar as mãos como na terceira leitura mas até que ponto será fácil reconhecer totalmente o nosso pecado? E assim, como na quarta leitura, como será responder à mesma pergunta três vezes e reconhecer que realmente o nosso caminho passa por amar Jesus Cristo, mesmo com todas as nossas fraquezas?

Pedro é um grande exemplo, porque demonstra claramente a fraqueza humana: o medo. Mas sobretudo, porque nos faz ver que na presença do amor de Deus, podemos fazer algo de muito belo com a nossa vida!

Ao retratarmos este tema, não nos podemos esquecer que Pedro é o pilar da nossa Igreja, considerado o Primeiro Papa e após Ele, outros surgiram e com o seu trabalho foram demonstrando ao mundo a magnitude desta fé que nos move como cristãos. Esta semana, Portugal irá receber o nosso Papa Bento XVI e é importante que os nossos jovens estejam sensibilizados para a importância deste acontecimento.